segunda-feira, 28 de março de 2011

Iron Maiden: mais descrições do problema no Rio de Janeiro

Prometia ser uma noite memorável. O público carioca compareceu em massa, lotando completamente a HSBC Arena. O Iron Maiden é uma das poucas bandas que consegue este efeito nos roqueiros do Rio. A banda de abertura, Shadowside, fez um belíssimo show, com a vocalista apresentando excelente presença de palco e a banda afiadíssima demonstrando talento e fúria com seu som pesadíssimo.

Mas a casa de shows HSBC Arena vacilou feio. Cheguei por volta de 18:30 no local. Primeiro disparate: o pessoal que pagava um salgado estacionamento interno da casa (R$ 20) meio que furava a fila gigantesca que se formava do lado de fora. Foi desta forma que acabei sendo um dos primeiros a entrar na casa. Não sem antes ter que esperar na rampa pela bondade de abrirem as portas, depois de passar pelo primeiro ponto de verificação.

Ao entrar no palco, a banda de abertura Shadowside contava com um público baixíssimo. Todos que iam chegando tinham que procurar seu lugar no escuro e reclamavam (com razão) da confusão na entrada e da falta de organização da casa. Aos poucos, enfim, o público foi enchendo e lotou a arena. Para quem ficou nas cadeiras, como eu, dava pra perceber que a pista VIP era quase o dobro da pista normal. Muito maior. Pouco antes do começo do show, não havia espaço livre na pista VIP.

Os alto-falantes começam a tocar "Doctor, Doctor", do UFO, e a plateia percebe que havia chegado a hora. A expectativa era muito grande, e todos aguardavam para ver o que prometia ser um grande show. Ao fim do clássico do UFO, apagam-se as luzes e começa a introdução com "Satellite 15". O público vai ao delírio. A introdução passa e a banda entra com tudo no palco, tocando a faixa-título do disco "The Final Frontier". Mas algo não estava certo. Bruce só cantou os primeiros versos. Um homem com uma filmadora entra pelo palco adentro. Uma confusão naquele corredor entre a pista e o palco começa. Bruce começa a pedir para o público da pista dar um passo atrás. A banda ainda toca a música até o fim, mas logo em seguida para. Bruce informa que a barreira de proteção se rompeu, e ele informa que iriam refazer esta barreira e a banda voltaria em uns 10 minutos.

Alguns pedidos para a plateia da pista VIP dar passos para trás (mesmo sem haver espaço para tal) e a galera atende. Os trabalhos parecem evoluir e o corredor aparentemente se restabelece. Mas após um tempo Bruce volta ao palco. Ele e uma tradutora. Bruce informa, falando em inglês, que não havia como restaurar a barreira de proteção e que o show não iria continuar. Fica marcado para hoje. Basta apresentar o canhoto do ingresso. Alguém deve ter reclamado, pois Bruce se espanta por alguém dizer que não tinha o tal canhoto. A tal tradutora ainda tenta falar, mas uma vaia gigante a silencia.

O público começa a deixar a arena, bastante decepcionado e irritado. Alguns eventos no interior, como alguém disparando um extintor de incêndio. Do lado de fora, soltaram cordas que seguravam uma espécie de balão no formato de uma lata de cerveja.

Amanhã, a princípio, o show deve acontecer. Provavelmente terá um público menor. Vamos torcer que tudo dê certo hoje e que o público carioca consiga ver o show do Iron Maiden.

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